Havia um certo pedreiro que veio do nordeste para São Paulo para melhorar de vida junto de sua mulher e filha.
Ajudou a erguer grandes prédios, casas maravilhosas, igrejas e escolas. Encheu a mão de calo, teve dor no corpo todo, passava o dia fora de casa sem ver sua família, comia sua marmita trazida de casa fria e ganhava pouco pelo trabalho pesado.
Certo dia, sua filha passa pelo colégio que o pai ajudou a erguer e decide se matricular. A coordenadora diz: "Criança de pé no chão não pode estudar aqui". O pedreiro fica muito triste e volta para casa triste.
No dia seguinte, ele decide ver como anda o último prédio que ele trabalhou. Maravilhosa estrutura de vinte e cinco andares, com piscina, cobertura e quadras poliesportivas. Parado no outro lado da calçada, chega de repente um cidadão lhe perguntando: "está aí admirado ou está querendo roubar?". Com uma lágrima em seu rosto, o velho homem volta para casa. Ele lembra da sua vida no nordeste, onde, na roça, as plantações geravam poucos frutos, mas pouco do que colhia tinha direito a comer, o contrário da cidade, onde não pode nem olhar para o serviço bem feito sem ser suspeito de algo. Logo veio a imagem da igreja que construiu e lembra que lá que realmente valeu a pena. Lá tem festas, tem quermesse, e o padre ainda o deixa entrar.
Ao lembrar da igreja, pede ajuda a Jesus. Pergunta o motivo de toda essa descriminação de preconceito. Mas é em um sonho que Ele responde que sofreu e morreu por todos nós, fez o melhor que podia para as pessoas mas, mesmo assim, não pode entrar em todas as casas.
Que lindo, Leo! Me emocionei...
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