Uma garota, no auge do seu amor, brinca como criança com o rapaz com quem entregou o seu amor. Riem, giram, se abraçam, se beijam, caem sentados na grama, enfim, se divertem. Num certo momento, uma rosa diferente, jamais vista é entregue por ele à ela. Mas um dia, o amor que duraria para sempre acabou, e ela ficou sozinha, chorando todos os dias naquele mesmo parque com quem esteve antes. Num certo dia, um homem lhe ofereceu ajuda, dizendo que sabia como ela poderia reviver aquele amor sincero, voltar no tempo em que era feliz. Claro, ela aceitou. Daí o homem pegou-lhe a mão, ergueu-a e falou para seguir até o círculo de grama. Como de repente, tudo some, vira deserto, e apenas aquele circulo de grama ficara. E ela foi andando devagar para lá, e observava detalhadamente o que havia a sua volta. A história da humanidade iria acontecendo, os anos vão se passando ao aproximar-se daquela área. Dinossauros, homens das cavernas, índios, revolucionários. Cada pedaço da história ia passando e com isso, ela iria se admirando com o que iria aprendendo ao ouvir das vozes que falavam com ela. "Você é um E.T.?", "Você é linda", "O que faz aqui". Em uma dessas falas, quando ela está a menos de um passo de reviver o seu amor, ela para. Seu amado está lá sentado esperando-a, mas enquanto ela não toca a grama, ele não pode a ver. Após ouvir aquela frase, ela perdeu a vontade de estar com ele. Exitou, deu meia volta e foi em direção ao homem que lhe oferecera esta oportunidade. Nenhum dos dois diz sequer uma única palavra, apenas há uma troca de sorrisos. Tudo estava entendido. Agora ela era vista todos os dias de baixo da mesma árvore de sempre, mas não vai para chorar, mas sim para sentir o vento no rosto, o cheiro da natureza, da vida, se alegrar ao ver as crianças brincando de roda e pega-pega, se alegrar ao ver os idosos apaixonados sentados no banco da praça namorando, vivendo esse velho amor que realmente nunca acaba. Ao longe, ela vê aquele garoto sozinho sentado na grama, mas não há a menor vontade dela ir ao encontro dele. Vindo do nada, um homem senta ao lado da jovem e ela abre, involuntariamente, um sorriso. E volta a ela como lembrança uma frase, a frase, aquela frase:
Um amor antigo não vale a pena se não te acrescenta.